terça-feira, 8 de abril de 2008

Em plena descoberta...


Eu sou o que ninguém pode ver...

Eu sou os brinquedos que brinquei, as gírias que usei,os segredos que guardei. Eu sou minha praia preferida, aquele amor atordoado que vivi, a conversa séria que tive um dia com meus pais. Eu sou o que eu lembro, eu sou a saudade que sinto da minha vida, a infância que eu recordo, a dor de não ter dado certo. De não ter falado na hora. A emoção de um trecho de livro, a cena de rua que me arrancou, lárimas. Eu sou o que eu choro. Eu sou o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, a sensibilidade que grita, o carinho que permuto, os pedaços que junto. A gargalhada, o beijo. Eu sou o que eu desnudo. Eu sou a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, o ódio que tudo isso dá. Eu sou os direitos que tenho, os deveres que me obrigo, sou a estrada por onde corro atrás.
EU SOU O QUE NINGUÉM VÊ!
Não tente me entender, se nem eu mesma posso me compreender. Apenas caminho e tiro de cada gota de vida o que preciso para viver.

.°°.

Aprendendo a viver

Aprendi que às vezes sou pouco para os que valem à pena.
E muito pra os que pouco merecem.
Que a vida não é cruel comigo, eu sim sou cruel com minha própria vida
em determinados momentos.
Que se doar a alguém, não significa que estarei perdendo uma parte minha,
mas ganhando mais alguém dentro de mim mesma.
Que admitir erros dói (de verdade!!),
mas purifica o meu ser e me faz sentir vontade de querer ser cada vez melhor!
Que nada que temos fácil fica na nossa vida.
Coisas especiais são almejadas por muitos e merecem um
esforço significante para serem conquistadas.
Aprendi também que a gente dá aos outros o que a gente é.
Se dou amor, sou um enorme coração.
Se dou mentiras, sou pobreza de espírito.
E mesmo querendo ser só o melhor,
devo saber reconhecer quando às vezes sou apenas o pior!
Que orgulho alimenta o ego e a vaidade,
mas apodrece o espírito.
E se não tomamos cuidado, um dia será tarde para voltar atrás.
Aprendi (na prática!) que acaso não existe e o destino é severo.
E não importa onde você vá, se tiver de voltar um dia,
esteja preparado!
Que querer demais é tolice,
os melhores momentos da nossa vida são os mais simples.
Que não importa a justificativa para os seus atos.
Erros, são erros e devem ser reconhecidos como tal.
Que na insistência de esperarmos tudo do outro,
não damos nada de nós.
Aprendi que não sou a única que me machuco e me decepciono.
Todos que eu possa imaginar são humanos como eu
e esperam da mesma maneira ser feliz com alguém.
E que as vezes também os machuco.
Que pousar de vítima pra ser enxergado só nos torna dignos de pena
e de oportunidades vagas e pequenas na nossa vida.
E que palavras não são tão pouco assim...
Falar coisas bonitas faz muito bem a quem diz
e dão nova vida a quem ouve.
Que lutar por algo que se quer não é humilhante,
ainda que pareça e mesmo sendo difícil.
Devemos ter vergonha de acatar qualquer futilidade por medo de correr atrás.
Aprendi que ponderar sobre os atos é conveniente,
mas não devemos nos habituar a pensarmos demais.
Temos que estar atentos para o momento de agir...
as vezes até sem pensar previamente.
Que quando damos a cara a bater,
podemos receber um beijo inesperado... e MARCANTE!
Ou pode acontecer o contrário. Doar um beijo e receber um tapa.
Mas o ideal é saber separar as coisas:
Não é porque o outro é mesquinho que eu devo ser também.
Aprendi que coisas banais a gente ignora.
Alimentar sentimentos pequenos, nos leva ao fundo do poço.
Que a gente não precisa sorrir quando está triste,
só pra satisfazer a necessidade de terceiros.
Seus verdadeiros amigos vão entender que você é feito de emoções.
Mas também sei que um sorriso sempre vale a pena.
Pode não parecer, mas mesmo quando tudo escurece por dentro,
um sorriso acende um ponta de luz no nosso dia!
Descobri que amor é troca, e NUNCA disputa!!
E o que eu mais aprendi foi que eu sou bem menos do que eu acreditava ser.

Mas isso não significa que sou inferior e sim que tenho muito pra crescer nessa vida!!

* Imagem: Kurt Halsey
* Texto: Carina Mota

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