Juro que estou cansada desse peito apertado, desse coração contido, acanhado num canto de mim, buscando se esconder do mundo. Cansa muito se manter impenetrável, fora de alcance, escorregadia a qualquer toque ou qualquer aproximação. Precisa-se de muito esforço para esquecer carinhos, desconsiderar afagos.
A capa de monstro já pesou, a máscara inexpressiva começa a se ajuntar à minha pele e tem ficado cada vez mais difícil retirá-la no fim do dia.